Relator entrega texto da Previdência com economia menor que a prevista pelo governo
Aliados do presidente Jair Bolsonaro afirmaram nesta quinta-feira (13) que tentarão, no plenário da Câmara, reintroduzir itens retirados pelo relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
O parecer do relator foi apresentado mais cedo, nesta quinta, à comissão especial da Câmara. A expectativa é que o texto, que modificou a proposta do governo, seja votado no próximo dia 25.
A redação a ser aprovada pela comissão especial será submetida ao plenário da Câmara e só será enviada ao Senado se tiver os votos de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação.
Entre outros pontos, Samuel Moreira retirou:
- regime de capitalização;
- mudanças na aposentadoria rural;
- servidores estaduais e municipais;
- mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O relator manteve, entre outros pontos, a idade mínima de aposentadoria para homens (65 anos) e mulheres (62 anos).
O que dizem aliados do governo
Nesta quinta, após a apresentação do relatório, o líder do Novo, Marcel Van Hattem (RS), informou que pretende apresentar uma proposta para incluir os servidores estaduais e municipais.
“A gente quer trazer de volta propostas que sejam salutares para a reforma e, claro, que inclusive possam aumentar de novo o valor da economia”, afirmou Van Hattem.
“Hoje [a economia prevista] está próxima de R$ 1 trilhão, está abaixo daquilo que foi inicialmente proposto pelo ministro Paulo Guedes [R$ 1,2 trilhão], mas nada impede que o plenário possa reincluir determinadas questões que possam aumentar de novo a economia”, acrescentou.
De acordo com o relator da proposta, o texto apresentado nesta quinta-feira representará economia de R$ 915 bilhões em dez anos.
O Novo também pretende apresentar sugestões para:
- retomar o regime capitalização;
- incluir uma regra de transição para aposentadoria de parlamentares.
Partido de Bolsonaro
De acordo com o líder do PSL, deputado Delegado Waldir (GO), a bancada também pretende apresentar destaques para retomar a discussão sobre:
- regime de capitalização;
- mudanças na concessão do BPC.
“Existem, sem dúvida nenhuma, alguns pontos que o PSL quer insistir. Em relação à capitalização: nós temos que dar oportunidade para o novo trabalhador ter uma poupança garantida. Que ela seja facultativa, que o trabalhador possa fazer essa opção”, afirmou.