Um médico perito do INSS foi condenado pela Justiça Federal nesta quinta-feira (13) por burlar o sistema de ponto na agência da Previdência Social de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Ele foi condenado a três anos e quatro meses de reclusão.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), entre os anos de 2007 e 2009, o médico se manteve em três empregos, totalizando uma jornada de 70 horas, o que apontou uma incompatibilidade de horários do médico no INSS.
Na época, o controle de frequência na agência era realizado por meio de registro manual.
Após 2009, foi implantado o sistema de ponto eletrônico e o INSS passou a exigir o cumprimento da jornada de trabalho.
“Por mais de quatro anos, ele manteve empregos paralelos e atendimento em clínica particular,” informou o MPF.
A partir daí, segundo a Justiça, os horários dele foram confrontados diante das perícias e do registro do ponto eletrônico, onde foram constatados que o médico fazia consultas particulares durante a jornada no INSS.
“Isto confirma os indícios preliminares, no sentido de que o acusado dava preferência à marcação de perícias no turno matutino, para, tendo o turno da tarde livre, realizar suas consultas particulares, registrando falsamente sua frequência no Sistema de Registro Eletrônico de Frequência (SISREF)”, destacou a sentença da Justiça.
Ainda de acordo com a Justiça, como o réu é primário, a pena de reclusão foi convertida em duas penas restritivas de direito e ele poderá responder ao processo em liberdade.
O G1 tenta contato com a defesa do médico.
Veja outras notícias da região no G1 Norte Fluminense.