Bovespa opera em forte queda em meio a aumento das tensões comerciais entre EUA e China | Economia | G1

Bovespa opera em forte queda em meio a aumento das tensões comerciais entre EUA e China
Bovespa opera em forte queda em meio a aumento das tensões comerciais entre EUA e China

Imagem do interior da B3, Bolsa de Valores de SP — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo Imagem do interior da B3, Bolsa de Valores de SP — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo

Imagem do interior da B3, Bolsa de Valores de SP — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, opera em forte queda segunda-feira (5), em meio ao aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos.

Às 15h54, o Ibovespa tinha queda de 2,77%, a 99.830 pontos. Veja mais cotações.

A bolsa brasileira segue a mesma direção da maior parte dos mercados mundiais. Na China, o iuan rompeu a marca de 7 por dólar pela primeira vez na década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio, o que poderia inflamar ainda mais um conflito comercial com os Estados Unidos.

A forte queda de 1,4% na moeda chinesa vem dias depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu os mercados financeiros ao prometer impor tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro, quebrando abruptamente um breve cessar-fogo na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Ibovespa em 2019 Pontuação de fechamento Fonte: Valor Pro

"O recrudescimento das tensões nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos continua aumentando a aversão ao risco nos mercados globais", destacou a equipe da Coinvalores, em nota a clientes enviada mais cedo nesta segunda-feira, de acordo com a Reuters.

Além das ofensivas de Trump no final de semana, a significativa desvalorização do iuan vista nesta segunda-feira tende a incendiar ainda mais o noticiário, acrescentou. A China deixou o iuan romper o nível de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio, em movimento após Trump prometer impor tarifas sobre 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro.

No Twitter, Trump classificou o movimento de "manipulação cambial" e acrescentou: "você está ouvindo, Federal Reserve? Essa é uma grande violação que enfraquecerá consideravelmente a China ao longo do tempo!".

No cenário local, as atenções estão voltadas para a retomada das atividades no Congresso Nacional, particularmente a apreciação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados, com o fim do recesso parlamentar no Brasil.

Na sexta-feira, a bolsa paulista fechou em alta de 0,54%, a 102.673 pontos.