Dólar chega a R$ 5,21, com tensões no Oriente Médio e mudança da meta fiscal; Ibovespa tem queda | Economia | G1

Dólar chega a R$ 5,21, com tensões no Oriente Médio e mudança da meta fiscal; Ibovespa tem queda
Dólar chega a R$ 5,21, com tensões no Oriente Médio e mudança da meta fiscal; Ibovespa tem queda

Dólar chega a R$ 5,21, com tensões no Oriente Médio e mudança da meta fiscal; Ibovespa tem queda

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,61%, cotada em R$ 5,1212, renovando o maior patamar em seis meses. Na semana, acumulou alta de 1,11%. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos.

Por g1

15/04/2024 09h02 Atualizado 15/04/2024

1 de 1 Dólar — Foto: Pixabay

Dólar — Foto: Pixabay

O dólar opera em alta, acima dos R$ 5,20, nesta segunda-feira (15), refletindo a escalada dos conflitos no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel no fim de semana.

Na expectativa de que Israel não vai continuar os ataques, os mercados operam com um pouco mais de tranquilidade neste início de semana, mas a moeda americana continua ganhando força sobre o real e outras moedas de países emergentes.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. A declaração reforçou a alta do dólar, durante entrevista do ministro ao Estúdio i, da GloboNews.

Com este mesmo cenário de pano de fundo, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera com volatilidade, oscilando entre altas e baixas.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 14h40, o dólar subia 1,54%, cotado a R$ 5,1999. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,2149. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,61%, cotada em R$ 5,1212, mas alcançou a máxima de R$ 5,1477 ao longo do dia.

Com o resultado, acumula altas de:

  • 1,11% na semana;
  • 2,11% no mês; e
  • 5,54% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,66%, aos 125.133 pontos.

Na sexta, encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos.

Com o resultado, acumula quedas de:

  • 0,67% na semana;
  • 1,69% no mês; e
  • 6,14% no ano.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

A atenção dos investidores segue voltada para o Oriente Médio, enquanto o mundo aguarda novas sinalizações do que deve acontecer.

Na última sexta-feira, os mercados encerraram o dia estressados, com queda nas bolsas de valores ao redor do mundo e fortalecimento do dólar ante outras moedas, depois do Irã informar que lançaria um ataque contra o território israelense.

Os ataques foram uma resposta do país a um suposto ataque de Israel contra a embaixada iraniana na Síria. Essa foi a primeira vez que o Irã atacou Israel diretamente.

"Queira ou não, dólar é proteção. É proteção no mundo inteiro. Então, na sexta-feira, quando aconteceram os ataques, o mundo inteiro correu para o dólar", comenta o analista de investimentos Vitor Mizara.

Autoridades iranianas disseram que veem o assunto como encerrado e justificaram o ataque como legítima defesa. Israel, por outro lado, quer responder o ataque, mas não tem apoio da comunidade internacional, principalmente dos Estados Unidos – que são grandes rivais do Irã.

No Brasil, o destaque é a confirmação de que o governo reduziu a meta fiscal e descartou um superávit para 2025.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias será apresentado nesta segunda-feira (15).

"Até me explicar aqui: nós não costumamos antecipar os dados da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial, mas vazaram estes dois dados. Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h que o horário é combinado, mas sim, os dados são esses", disse Haddad.

Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo tentava fixar uma "meta factível" para as contas públicas no ano que vem.

Além de 2025, as metas devem ser corrigidas para superávit de 0,25% para 2026, 0,5% para 2027 e 1% para 2028.

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