'Dolorosamente quente': conheça Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo | Agronegócios | G1

'Dolorosamente quente': conheça Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo
'Dolorosamente quente': conheça Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo

'Dolorosamente quente': conheça Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo

Recordista chega a ser 4 vezes mais caras que outras, e é fruto de dez anos de trabalho do agricultor Ed Currie. Sabia que as pimentas têm uma escala de ardência? Confira na reportagem.

Por g1

05/01/2024 05h30 Atualizado 05/01/2024

  • A Carolina Reaper entrou para o Guinness World Records em 2013, após testes feitos pela Winthrop University, que fica na Carolina do Sul, Estados Unidos.

  • Ela atingiu 1,64 milhão na escala de Scoville, uma tabela que mede o grau de ardência das pimentas.

  • A Carolina Reaper é resultado do cruzamento de duas variedades, a Sweet Habanero e a Naga Viper.

  • Seu quilo custa, em média, R$ 150 – quatro vezes mais que outras pimentas, como a malagueta e a dedo-de-moça.

A Carolina Reaper entrou para o Guinness World Records em 2013, após testes feitos pela Winthrop University, que fica na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Ela atingiu 1,64 milhão na escala de Scoville, uma tabela que mede o grau de ardência das pimentas.

A Carolina Reaper é resultado do cruzamento de duas variedades, a Sweet Habanero e a Naga Viper.

Seu quilo custa, em média, R$ 150 – quatro vezes mais que outras pimentas, como a malagueta e a dedo-de-moça.

1 de 3 Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. — Foto: Wikimedia Commons/ Magnolia677

Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. — Foto: Wikimedia Commons/ Magnolia677

"Dolorosamente quente, com tons doces e frutados e notas de canela e chocolate. Pode ser usado para apimentar molhos, salsas ou em combate". Sentiu o drama?

A descrição é do próprio agricultor que criou a Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo. Ele se chama Ed Currie e vive nos Estados Unidos.

Mas quem garante esse posto é o próprio Guinness World Record. A pimenta entrou para o livro dos recordes em 2013, após testes feitos pela Winthrop University, que fica na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Nesses estudos, a Carolina Reaper atingiu 1,64 milhão na escala de Scoville, uma tabela que mede o grau de ardência das pimentas (veja abaixo).

Para se ter ideia da potência da recordista, a pimenta malagueta, que é muito ardida, pode alcançar até 175 mil unidades nessa escala de medida, bem menos que a Reaper.

2 de 3 Escala de ardência: Carolina Reaper e outras pimentas famosas no Brasil. — Foto: g1

Escala de ardência: Carolina Reaper e outras pimentas famosas no Brasil. — Foto: g1

Conheça a Carolina Reaper 🌶️

De onde vem esse nome?

Carolina é uma referência ao estado em que ela foi desenvolvida, a Carolina do Sul, nos Estados Unidos. "Reaper" quer dizer "ceifador". Lembra da figura da morte com uma foice? É isso aí.

Como ela surgiu?

A pimenta mais ardida do mundo é resultado do cruzamento de duas variedades, a Sweet Habanero e a Naga Viper. Foram dez anos de trabalho até alcançar esse resultado.

O especialista em pimentas Nelo Linguanotto explica que existe uma demanda por pimentas cada vez mais picantes.

"Já até criaram uma pimenta mais forte que a Carolina Reaper, mas em laboratório. Não conseguiram replicar em plantações", revela.

A Carolina Reaper é vendida no Brasil?

3 de 3 Pimentas Carolina Reaper colhidas em West Valley City, Utah, nos Estados Unidos. — Foto: Dale Thurber/Wikimedia Commons

Pimentas Carolina Reaper colhidas em West Valley City, Utah, nos Estados Unidos. — Foto: Dale Thurber/Wikimedia Commons

Sim. O produtor de pimentas Rildo Cazé, de Maringá (PR), importou sementes de Carolina Reaper dos Estados Unidos há dez anos.

Ele vende a pimenta in natura, mas também em molhos, conservas e pastas.

O produtor contou que o quilo de Carolina Reaper custa R$ 150,00 – é quatro vezes mais que outras pimentas, como a malagueta e a dedo-de-moça.

O produtor conta que a Carolina Reaper é a pimenta mais vendida. Mas, na comparação com outras variedades, o cultivo é mais difícil:

"Precisa ter cuidado, ela é muito perigosa. É melhor usar luva e máscara, porque essa pimenta exala um gás que queima a pele", explica Cazé.

Ele explica que a pimenta é produzida em todo o país.

Qual o maior recorde com essa pimenta?

Em dezembro de 2021, o americano Gregory Foster bateu o recorde ao comer três pimentas Carolina Reaper em 8,7 segundos em San Diego, Estados Unidos.

Em novembro de 2022, o canadense Mike Jack comeu 50 pimentas dessa variedade em 6 minutos e 49 segundos. O desafio foi cumprido em Ontario, no Canadá.

Esperamos que eles estejam bem!

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