Liberação de agrotóxicos cai no Brasil em 2023, após sete anos seguidos de alta | Agronegócios | G1

Liberação de agrotóxicos cai no Brasil em 2023, após sete anos seguidos de alta
Liberação de agrotóxicos cai no Brasil em 2023, após sete anos seguidos de alta

Liberação de agrotóxicos cai no Brasil em 2023, após sete anos seguidos de alta

Atual governo Lula aprovou 555 pesticidas no primeiro ano, queda de 15% em relação a 2022. Apesar disso, número de aprovações é o 3º maior da série histórica iniciada há 24 anos.

Por Paula Salati, g1

10/01/2024 05h30 Atualizado 10/01/2024

  • O número de agrotóxicos aprovados no Brasil caiu em 2023, depois de sete anos seguidos de alta.

  • Ao todo, foram liberados 555 pesticidas. O número é o terceiro mais alto da série histórica do Ministério da Agricultura, iniciada há 24 anos.

  • Seguindo a tendência dos últimos anos, a maioria dos agrotóxicos aprovados são genéricos: aqueles que possuem similares no mercado, por exemplo.

  • Agora, a aprovação dos agrotóxicos deve ficar mais rápida. Isso porque o presidente Lula sancionou, no fim do ano passado, a lei que acelera o tempo de análise para liberar estes produtos.

O número de agrotóxicos aprovados no Brasil caiu em 2023, depois de sete anos seguidos de alta.

Ao todo, foram liberados 555 pesticidas. O número é o terceiro mais alto da série histórica do Ministério da Agricultura, iniciada há 24 anos.

Seguindo a tendência dos últimos anos, a maioria dos agrotóxicos aprovados são genéricos: aqueles que possuem similares no mercado, por exemplo.

Agora, a aprovação dos agrotóxicos deve ficar mais rápida. Isso porque o presidente Lula sancionou, no fim do ano passado, a lei que acelera o tempo de análise para liberar estes produtos.

1 de 1 Imagem de uma aplicação mecanizada de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças. — Foto: Christiane Congro Comas/Embrapa

Imagem de uma aplicação mecanizada de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças. — Foto: Christiane Congro Comas/Embrapa

O número de liberações de agrotóxicos no Brasil caiu em 2023, depois de sete anos seguidos de alta, apontam dados da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA), do Ministério da Agricultura, atualizados na última terça-feira (9).

Em seu primeiro ano, o governo Lula aprovou 555 produtos, uma queda de 15% em relação a 2022, quando o Brasil liberou 652 agrotóxicos, um recorde da série histórica, iniciada há 24 anos.

Apesar da redução, a quantidade de aprovações em 2023 foi a 3ª maior da série.

Seguindo a tendência dos últimos anos, a maioria dos pesticidas aprovados são genéricos (520), ou seja, "cópias" de princípios ativos inéditos — que podem ser feitas quando caem as patentes — ou produtos finais baseados em ingredientes já existentes no mercado. Os outros 35 produtos são inéditos.

A partir deste ano, a aprovação dos agrotóxicos deve ficar mais rápida. Isso porque o presidente Lula sancionou, no final de 2023, a nova lei que acelera o tempo de análise para a liberação dos produtos.

Os números do Ministério da Agricultura mostram também que:

  • 365 agrotóxicos foram liberados para os agricultores – são os chamados "produtos formulados". Os outros 190 foram para uso na indústria – estes são conhecidos como "produtos técnicos", matérias-primas utilizadas na fabricação dos pesticidas.
  • do total, 465 são produtos químicos, enquanto 90 são biológicos (hormônios, insetos, vírus), que têm baixo impacto ambiental e são voltados para a agricultura orgânica – pela nova legislação brasileira, eles também são chamados de agrotóxicos.

Produtos inéditos

Dos 35 pesticidas inéditos, 24 foram liberados para o uso dos agricultores, enquanto 11 são voltados para as fabricantes de agrotóxicos.

Entre os que podem ir direto para o campo, destaca-se o Resuris, à base de Fluindapir e Clorotalonil, que foi considerado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como altamente tóxico para a saúde humana.

O Resuris é um fungicida usado nas plantações de milho, soja e amendoim.

Já a classificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou um agrotóxico "altamente perigoso" e mais 14 "muito perigosos" para o meio ambiente.

A liberação dos produtos é uma decisão dos três órgãos: Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura.

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