Menina de 4 anos morre engasgada em escola particular de Rio das Ostras
Mãe era professora da escola e tinha saído duas horas antes do local. Laudo do Instituto Médico Legal identificou um objeto oval. A Polícia Civil acredita ser um caroço ou uma semente.
Por Ana Beatriz Rangel, Andreia Freitas, g1 — Rio das Ostras
23/02/2024 16h44 Atualizado 23/02/2024
Criança morre engasgada em escola particular em Rio das Ostras
Uma menina de 4 anos de idade, Anna Luz Malta Gomes, morreu engasgada em uma escola particular em Rio das Ostras, no Norte Fluminense, na última quarta-feira (21).
De acordo com a escola, no fim do expediente escolar, a menina passou mal na sala de aula e foi atendida por técnicas de enfermagem, que trabalham na unidade, para manobras de desengasgo.
A menina ainda foi encaminhada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros que estava nas proximidades para o pronto-socorro da cidade, em menos de 10 minutos, mas não sobreviveu.
Ainda de acordo com nota emitida pela unidade, a menina estava em sala de aula, não estava se alimentando e nem portando produtos alimentícios nas mãos.
A mãe de Anna Luz é professora de educação física da escola e tinha saído duas horas antes do trabalho. Ao g1, Ludmilla Azevedo disse que está sem palavras e que o coração da família inteira está sangrando.
"Eu, Vinicius, meu marido, e minha mãe, que era mãe da minha filha também, era a segunda mãe, a gente só quer saber o que aconteceu. Só isso! E a última mensagem que eu quero falar é que ela está olhando pela gente, certeza que ela está olhando para nós e ela está em um lugar bem melhor", disse a mãe de Anna Luz.
1 de 1 Menina de quatro anos morre engasgada em escola particular em Rio das Ostras — Foto: Arquivo pessoal
Menina de quatro anos morre engasgada em escola particular em Rio das Ostras — Foto: Arquivo pessoal
A Polícia Civil de Rio das Ostras está investigando o caso e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) identificou um objeto oval, possivelmente uma azeitona ou fruta.
Segundo o delegado Ronaldo Tavares, diante das informação fornecida pelo perito legista, foi determinada a realização de perícias tanto no endereço dos pais, quanto no colégio para que fosse verificada a existência na flora vocal de algum fruto que poderia coincidir com o que foi encontrado dentro da criança.
Ainda segundo o delegado, a polícia vai analisar câmeras de segurança da escola e da vizinhança para verificar em quanto tempo o socorro foi prestado.
A diretoria do Colégio Costa Azul enviou a seguinte nota:
O Colégio Costa Azul informa que a diretoria está profundamente consternados com o ocorrido no final do expediente escolar desta quarta-feira, dia 21. No momento do incidente, a aluna em questão estava em sala de aula, não estava se alimentando nem portava produtos alimentícios em mãos.
É importante ressaltar que nossa instituição é especializada em cuidar de crianças com necessidades específicas, incluindo aquelas que têm restrições alimentares a produtos industrializados.
Diante da emergência, a aluna foi imediatamente atendida pelas técnicas de enfermagem da escola e uma ambulância do Corpo de Bombeiros que estava nas proximidades, permitiu que a criança fosse encaminhada ao Pronto Socorro em menos de 10 minutos.
Neste momento, aguarda o laudo oficial para iniciar as investigações internas. Vale destacar que é prática regular do colégio promover formações permanentes em primeiros socorros e que mantém duas técnicas de enfermagem em seu corpo de colaboradores.
Além disso, está oferendo apoio psicológico aos professores, alunos e pais afetados por esse evento, e colaborará integralmente com as investigações.
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