Suzano Papel e Celulose — Foto: Divulgação
No primeiro trimestre de 2019, a Suzano obteve prejuízo de R$ 1,23 bilhão, revertendo, assim, o lucro líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 813,1 milhões no mesmo período de 2018.
No comunicado de resultados, a Suzano ajustou os dados do primeiro trimestre de 2018 para considerar a incorporação da Fibria. Assim, o lucro do ano passado foi de R$ 1,4 bilhão.
Conforme o informe trimestral de resultados (ITR), a receita líquida subiu 90%, para R$ 5,7 bilhões. Ao considerar a Fibria, com uma soma de R$ 6,7 bilhões de receita no ano passado, a receita anotou queda de 15%.
Segundo a Suzano, no comunicado de resultados, a redução da receita se deu, principalmente, pela queda de 30% no volume de vendas de celulose, parcialmente compensada pelo aumento do preço médio líquido em real, de 17%, e pela elevação na receita de papel, de 19%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, considerando Fibria, foi de R$ 2,76 bilhões, queda anual de 18%. A margem Ebitda ajustada passou de 50% para 48%.
A Suzano registrou uma despesa financeira líquida de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre, 353% superior ao resultado financeiro, também negativo, no primeiro trimestre de 2018.
Segundo a empresa, o resultado foi penalizado pelo aumento de 80% da despesa com os financiamentos realizados para a combinação de ativos com a Fibria e câmbio médio e pela queda da receita com a redução da posição de caixa, também com desembolso com a Fibria.
Outros pontos que pesaram negativamente nos resultados foram as variações cambiais e monetárias, que anotaram R$ 456 milhões, e de operações com derivativos, que somaram R$ 637 milhões.