Trabalho de recomposição de plantas nativas é feito na orla de Macaé | Norte Fluminense | G1

Trabalho de recomposição de plantas nativas é feito na orla de Macaé
Trabalho de recomposição de plantas nativas é feito na orla de Macaé

1 de 1 Várias espécies foram plantas na orla de Macaé — Foto: João Barreto/Prefeitura de Macaé

Várias espécies foram plantas na orla de Macaé — Foto: João Barreto/Prefeitura de Macaé

Um trabalho de recomposição de plantas nativas da vegetação costeira de Macaé, no Norte Fluminense, começou a ser feito nesta semana.

O objetivo é assegurar a proteção da área de restinga situada nas Praias Campista e dos Cavaleiros.

A Prefeitura explica que a intervenção segue estudos técnicos e conta com a supervisão de especialistas que estudam a evolução do ecossistema do município.

Nesta quarta-feira (10), espécies como guriri, bromélia da praia, cartucheira e cactos foram plantadas pela equipe da Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal no trecho da Praia Campista.

As mudas foram preparadas pela própria equipe da prefeitura e também por pesquisadores do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Cabo Frio, Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ) e Projeto PELD (Pesquisa Ecológica de Longa Duração).

“Seguimos estudos técnicos e a colaboração de pesquisadores para realizar essa recomposição da vegetação da restinga costeira. O trabalho ocorre após a remoção de plantas invasoras que colocam em risco a proteção das espécies nativas que ajudam a conter o avanço das ondas sobre o litoral. É uma ação necessária que segue também legislações ambientais”, explica o Secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, José Vasconcelos de Luna Junior.

Equipes da Prefeitura já fizeram a supressão de espécies consideradas invasoras, medida necessária para garantir a recuperação das espécies de restinga, que promovem a proteção natural do litoral diante do avanço das ondas em período de ressaca.

De acordo com o professor da UFRJ e especialista em biologia, Rodrigo Lemes, a intervenção é necessária para garantir.

“Esta é uma ação importante na área. A vegetação segura os grãos de areia trazidos pelo vento, formando as dunas frontais que impedem o avanço da maré em direção a orla. As mudas plantadas nesta recomposição são típicas deste ambiente e protegidas por legislação. Este passo dado pela prefeitura é inovador, legal e positivo, permitindo também que novos estudos sejam realizados nesta região”, destacou o professor.

Espécies invasoras

O programa de recomposição da vegetação nativa do litoral macaense, realizado pela Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, segue também novas ações de supressão de espécies invasoras, cuja presença na área de restinga causa o desequilíbrio do ecossistema típico dessa área da cidade.

As equipes do Ambiente e dos Serviços Públicos coordenaram a ação de remoção de plantas yucca, considerada como exótica, presentes entre a vegetação nativa da restinga da Praia Campista. Durante a intervenção, as equipes identificaram exemplares de aroeira e cactos “sufocados” pelas espécies invasoras.

“Identificamos também castanheiras que estão na lista de espécies invasoras e destroem a vegetação de restinga, como a aroeira que não consegue se desenvolver na forma adequada para construir com a formação das dunas frontais que protegem o litoral contra a maré. Por isso essa ação é importante, assim como a recomposição”, explicou o professor Rodrigo.

Ao longo das próximas semanas, a equipe do Ambiente realizará o plantio de mudas nativas, dentro do programa de recuperação da restinga do litoral.

“A população também deve colaborar, não descartando resíduos nessas áreas, e também não pisando nas mudas. A contribuição de todos é fundamental para garantir a proteção do ecossistema”, afirmou o Secretário Adjunto de Serviços Públicos, Rodrigo Silva.

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