Veja como a reforma da previdência pode afetar o mercado imobiliário

Veja como a reforma da previdência pode afetar o mercado imobiliário
Veja como a reforma da previdência pode afetar o mercado imobiliário

Uma pessoa que quer comprar um imóvel precisa de condições favoráveis, como financiamento disponível e juros baixos. Os empresários da construção civil também necessitam de um ambiente propício ao investimento a longo prazo. Os dois casos dependem da estabilidade econômica do País – que, necessariamente, passa pelas contas saudáveis do Governo Federal.

Por isso a reforma da previdência é tão importante para o setor. Como os gastos estão insustentáveis e crescentes, a modificação daria fôlego ao Governo e uma mensagem de otimismo ao mercado. Contas ajustadas – e a Previdência seria um marco – os juros permaneceriam baixos, a inflação sob controle e a construção e venda de imóveis seria acelerada – já que a área tem um amplo poder de recuperação.

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Reforma da PrevidênciaEconomistas afirmam que a reforma ajudaria sobretudo o setor da construção civil (Foto: Shutterstock)

O economista Alberto Ajzental, executivo financeiro do setor imobiliário e professor das disciplinas Marketing, Estratégia de Negócios e Problemas Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP),  explica que, aprovada a reforma, a tendência é haver aumento de investimentos. Isso trará mais empregos, maior massa salarial, crescimento da produção e do consumo.

“Embora a cotação de dólar e a bolsa tenham reação quase que instantaneamente, deve levar uns seis meses para surtir efeito. O mercado imobiliário sentirá aumento ligeiro nos preços de forma um pouco mais rápida, mas alta real de movimentação, o aumento de oferta e demanda, levará um pouco mais de tempo”, diz o economista.

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Equilíbrio e solidez

A decisão do Governo Federal pode afetar diretamente o funcionamento do mercado (Foto: Shutterstock)

O vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Rodrigo Luna, ressalta que os problemas do Brasil hoje – e que afetam o setor imobiliário – são resultado do desequilíbrio fiscal. Para ele, virou um círculo vicioso.

“Tem problema de falta de emprego, renda, de geração de riquezas e um baixo investimento do setor produtivo. Então, é prioritária a reforma da Previdência para que a gente ajuste as contas do Estado. E, a partir daí, volte a ter investimento, crescimento, e as consequências positivas desse movimento”.

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Reforma da PrevidênciaCom a aprovação da reforma, o mercado ainda demoraria a se recuperar (Foto: Shutterstock)

Luna não acredita em recuperação veloz do setor imobiliário após a mudança na Previdência Social, mas diz que o principal é gerar condições sustentáveis para que o mercado possa produzir de forma segura e constante.

“A velocidade não é tão importante, mas, sim, a solidez, o equilíbrio, a constância. A gente passa um ou dois anos um pouco melhor e, depois, três, quatro, cinco anos com problemas. Precisamos dar fim nisso. O principal é ter uma base bem estruturada para que o mercado tenha longevidade”.

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