MEI completa 15 anos e atrai cada vez mais pequenos e micro empresários em Campos, no RJ | Norte Fluminense | G1

MEI completa 15 anos e atrai cada vez mais pequenos e micro empresários em Campos, no RJ
MEI completa 15 anos e atrai cada vez mais pequenos e micro empresários em Campos, no RJ

1 de 3 Rayane Ávila decidiu montar o próprio negócio na área de beleza e precisou se planejar — Foto: Aline Pessanha/g1

Rayane Ávila decidiu montar o próprio negócio na área de beleza e precisou se planejar — Foto: Aline Pessanha/g1

Após dez anos de criação da lei que instituiu e regulamentou o Microempreendedor Individual (MEI), o empreendedorismo no Brasil tem crescido ainda mais depois da pandemia. São cerca de 15 milhões de microempreendedores individuais no Brasil e 1,7 milhão no estado do Rio de Janeiro, que representam 11,2% do total do país.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio ao micro e pequeno empreendedor, o Rio de Janeiro é o segundo estado com mais micro empreendedores individuais do Brasil, ficando atrás apenas do Estado de São Paulo. Na maior cidade do interior do Rio, Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, atuam 38.407 MEIs. E o setor que vem puxando a abertura de negócios nessa modalidade na cidade é o de serviços, segundo dados do Sebrae.

Veja dados por setor em Campos

  • Serviços: 44,97%
  • Comércio: 31,56%
  • Indústria: 17,82%
  • Economia criativa: 2,79%
  • Agropecuária: 0,32%

2 de 3 O setor de serviços vem puxando a abertura de negócios na modalidade MEI em Campos — Foto: Aline Pessanha/g1

O setor de serviços vem puxando a abertura de negócios na modalidade MEI em Campos — Foto: Aline Pessanha/g1

Mas manter os negócios funcionando requer mais que entender de compra e venda. É preciso estudar sobre administração, planejamento e finanças.

Mais da metade dos MEIs (57,4%) estabeleceram um ponto fixo para funcionar seu negócio. É o caso da Rayane Ávila. Após trabalhar com carteira assinada por cerca de três anos, mas insatisfeita com o reconhecimento financeiro, ela decidiu que a melhor saída era ser dona do seu próprio negócio, e empreender.

3 de 3 Rayane Ávila decidiu montar o próprio negócio na área de beleza e precisou se planejar — Foto: Aline Pessanha/g1

Rayane Ávila decidiu montar o próprio negócio na área de beleza e precisou se planejar — Foto: Aline Pessanha/g1

Mas Rayane sabia que a tarefa não seria fácil e, por isso, começou a se planejar cinco anos antes do sonho se tornar realidade.

“Ganhar um salário mínimo não rola. Foi daí que eu entendi que precisava me organizar, me planejar e juntar dinheiro para abrir o meu salão “, disse a Nail Designer, que coordena hoje uma equipe de cinco pessoas em seu salão.

Além de trabalhar com unhas, Rayane vende roupas e acessórios em seu salão. E como ela mesma diz, morar no interior a obrigou a se reinventar e criar suas próprias estratégias. De acordo com ela, foram cinco anos de estudo do local, comprando equipamentos, definindo o público-alvo para dar início a empreitada de ser sua própria chefe.

Segundo o administrador e mestre em Educação continuada em Finanças e Estratégias pela Harvard Business School, Manoel Lins, alguns fatores que estão relacionados ao crescimento do empreendedorismo estão ligados a busca de aproveitamento das oportunidades do mercado para otimização do capital.

“Além da visão de mercado, há outros fatores de alto impacto, que são críticos na sociedade relacionados ao contexto político e econômico, como o alto índice de desemprego ou uma dificuldade de recolocação no mercado, em um mercado altamente competitivo”, explicou o especialista e consultor na Auddas.

Registro de Microempreendedores

O registro no caso dos microempreendedores é gratuito e essa não é a única vantagem da formalização: tributação reduzida, declaração de faturamento simplificada, garantia de benefícios previdenciários, possibilidade de contratar um funcionário, empréstimos bancários com crédito diferenciado e a possibilidade de fazer negócios com outras empresas, os chamados negócios B2B.

O coordenador do Sebrae na região Norte Fluminense, Guilherme Reche destaca que, principalmente no interior do estado, os indivíduos estão buscando sua própria forma de geração de renda, seja prestando um serviço que ele já tenha conhecimento técnico ou vendendo um produto que já seja comercializado. Mas ele ainda completa:

“É muito importante estar diferenciado no mercado. O mundo hoje está completamente competitivo. Estamos vendo cada vez mais empresas prestando atendimentos e o empreendedor precisa estar antenado em trazer seu cliente para um contato acolhedor e com experiência que te destaque. Esse número crescente de MEIs colabora e muito para a recuperação econômica de todo Norte Fluminense”.