Transporte de animais em voos: Anac deixa regras a cargo de cada empresa | Turismo e Viagem | G1

Transporte de animais em voos: Anac deixa regras a cargo de cada empresa
Transporte de animais em voos: Anac deixa regras a cargo de cada empresa

Transporte de animais em voos: Anac deixa regras a cargo de cada empresa

Agência que regula a atividade da aviação no Brasil explica que companhas aéreas não são obrigadas a oferecer o serviço. A exceção é para cães-guia, que devem ser transportados gratuitamente.

Por Marina Teodoro, g1

23/04/2024 16h00 Atualizado 23/04/2024

  • De acordo com a Anac, as companhias aéreas podem escolher se vão ou não oferecer o transporte de animais em voos.

  • Cada empresa tem autonomia para criar suas próprias regras, incluindo no que diz respeito ao local do transporte, valores, e outras exigências.

  • O único caso em que a Anac exige que o animal seja transportado é o de cães-guia.

De acordo com a Anac, as companhias aéreas podem escolher se vão ou não oferecer o transporte de animais em voos.

Cada empresa tem autonomia para criar suas próprias regras, incluindo no que diz respeito ao local do transporte, valores, e outras exigências.

O único caso em que a Anac exige que o animal seja transportado é o de cães-guia.

1 de 1 Animais de estimação podem ser transportados em voos nacionais — Foto: Freepik

Animais de estimação podem ser transportados em voos nacionais — Foto: Freepik

Viajar de avião com um pet é uma opção que nem todas as companhias aéreas oferecem. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil(Anac), não é uma obrigação das empresas levar animais em voos.

O órgão deixa a cargo das companhias que optarem por fornecer esse serviço criarem suas próprias regras de transporte. E, mesmo tendo a modalidade, a companhia pode negar o transporte na hora do embarque, em situações também especificadas pela Anac.

O que a Anac determina

  • A agência segue a legislação brasileira, que define como animais de estimação aqueles que são de companhia doméstica e não são agressivos.
  • Os chamados animais de suporte emocional seguem o mesmo conceito, mas têm como característica ajudar seus tutores a lidar com condições de saúde mental.
  • O animal de estimação ou de assistência emocional também deve passar por uma inspeção de segurança no aeroporto para poder embarcar, mas o órgão não detalha como é a avaliação.
  • Em caso de animais de estimação ou de apoio emocional, a companhia aérea é quem define se e onde eles deverão viajar (na cabine de passageiros ou no porão da aeronave).
  • Cada empresa pode implementar suas próprias regras sobre tamanho da caixa de transporte, valores extras a serem cobrados e documentos apresentados pelos tutores.
  • Também fica a critério da companhia aérea apontar a quantidade máxima e o limite de peso da carga, que considera a soma do peso do animal e da caixa.

A Anac também prevê que, mesmo em casos onde o serviço de transporte de animais de estimação ou de suporte emocional é oferecido, essa opção poderá ser negada pela companhia no momento embarque por alguns motivos. São eles:

  • capacidade da aeronave;
  • incompatibilidade com espaço disponível na cabine;
  • capacidade de atendimento da tripulação da cabine em situações de emergência;
  • risco à segurança das operações aéreas.

Nessas situações, a empresa deverá oferecer assistência ao passageiro e ao animal.

Para cães-guia a regra é diferente. O transporte deve ser oferecido obrigatoriamente a passageiros com deficiência visual, de forma gratuita mediante apresentação de identificação do animal e comprovação de treinamento.

O cachorro precisa ir no chão da cabine da aeronave, próximo ao dono. O cão também deve estar equipado com arreio, e não precisa usar focinheira.

O que as empresas exigem

As principais empresas aéreas brasileiras, Latam, Gol e Azul, permitem que animais sejam levados nas aeronaves, mas exigem que eles estejam dentro de uma caixa apropriada para o deslocamento, onde o pet deve caber de pé e conseguir se mover e girar sem dificuldades.

Para que o pet possa ir na cabine, junto do tutor, é preciso que o peso da caixa e do animal não ultrapasse 10 kg, segundo o site da Gol e Azul. A Latam fala apenas em animal de pequeno porte, sem especificar o peso.

A caixa de transporte deve caber embaixo do assento do passageiro à frente e seguir as dimensões previamente determinadas por cada empresa.

Algumas companhias também permitem que animais maiores sejam transportados no compartimento de carga, o porão da aeronave. Neste caso, em voos da Latam, o peso do animal e o da caixa não devem ultrapassar 45 kg; na Gol, a soma deve ser de até 30 kg.

Todas as companhias citadas também pedem que os animais estejam saudáveis para viajar e que o container de transporte esteja em boas condições e higienizado.

Veja também

Anterior Próximo